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Vendas do comércio começam a esfriar e caem 4,2% em junho, mostra Índice Stone

Retração no semestre é de 0,5% e sinaliza para esfriamento da atividade econômica


Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva


Vendas do comércio brasileiro caem 4,2% em junho e setor acumula retração no 1º semestre de 2025


O comércio varejista no Brasil registrou queda de 4,2% nas vendas em junho, na comparação com o mês anterior, segundo dados do Índice do Varejo Stone (IVS). Com isso, o setor acumula uma retração de 0,5% no primeiro semestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024. A pesquisa mostra que todos os oito segmentos de consumo analisados tiveram desempenho negativo, indicando um cenário de desaquecimento da atividade econômica.


Para Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, os resultados refletem uma perda de ritmo da economia brasileira, mesmo com a taxa de desemprego em queda e a geração de empregos formais. “O consumo das famílias segue pressionado pelo elevado comprometimento da renda com dívidas, o que afeta diretamente o varejo”, explica.


Consumo por perfil: renda e crédito em baixa


Na análise segmentada por perfil de consumo, o levantamento mostra que setores mais sensíveis à renda — como supermercados, alimentos e farmácias — tiveram retração de 3,7% em junho. Já os segmentos sensíveis ao crédito — como móveis, eletrodomésticos, veículos e vestuário — caíram 2,9% no mesmo mês.


Na comparação com junho de 2024, a queda foi ainda mais acentuada:


  • Setores ligados à renda: recuo de 2,4%

  • Setores ligados ao crédito: retração de 5%


Esses resultados reforçam a tendência de cautela do consumidor, que tem priorizado gastos essenciais e adiado compras de maior valor, especialmente em um contexto de endividamento elevado.


Todos os setores recuam


A quebra por categorias revela um cenário amplamente negativo, com queda em todos os oito setores avaliados:


  • Móveis e eletrodomésticos: -6,4%

  • Material de construção: -6,3%

  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -4,3%

  • Hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -3,7%

  • Artigos farmacêuticos: -2,8%

  • Tecidos, vestuário e calçados: -2,3%

  • Combustíveis e lubrificantes: -1,7%

  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -0,3%


Desaceleração econômica e inflação sob controle


Apesar da inflação seguir em trajetória de queda, Freitas observa que isso está mais associado à fraqueza da atividade econômica do que a melhorias estruturais. “O conjunto de dados indica que a desaceleração econômica está se consolidando. Ainda assim, será necessário acompanhar os próximos meses para confirmar essa tendência”, completa.


O cenário atual mostra um consumidor mais cauteloso, pressionado por dívidas e com menor poder de compra, o que limita a recuperação do varejo e indica desafios à frente para o setor no segundo semestre de 2025.

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