Varejo registra queda de 0,5% no terceiro trimestre, mas emprego ainda sustenta o consumo
- promocaoasbrafe
- 20 de out.
- 2 min de leitura
Endividamento elevado das famílias e inflação persistente limitam recuperação do setor

O varejo brasileiro encerrou o terceiro trimestre de 2025 com queda de 0,5% nas vendas, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Apesar do leve crescimento de 0,5% em setembro sobre o mês anterior, o resultado não foi suficiente para reverter o desempenho negativo do trimestre. Em relação ao mesmo período de 2024, o setor mostrou estabilidade.
Desempenho por setor
Na comparação anual, registraram alta:
Livros, Jornais, Revistas e Papelaria: +3,6%
Combustíveis e Lubrificantes: +2,8%
Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico: +1,3%
Artigos Farmacêuticos: +1,1%
Já os setores com retração foram:
Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo: –2,4%
Material de Construção: –1%
Móveis e Eletrodomésticos: –0,9%
Tecidos, Vestuário e Calçados: –0,5%
No comparativo trimestral, apenas Combustíveis e Lubrificantes (+0,7%) e Artigos Farmacêuticos (+0,4%)apresentaram crescimento. As maiores quedas vieram de Livros, Jornais e Papelaria (–4,3%) e Móveis e Eletrodomésticos (–1,4%).
Desempenho regional
Dez estados tiveram crescimento anual nas vendas, com destaque para:
Acre (+6,5%), Amapá (+5,1%), Espírito Santo (+4%) e Piauí (+3,9%).Pernambuco e Bahia ficaram estáveis no período.
As maiores retrações foram registradas no Rio Grande do Norte (–4,8%), Alagoas (–3,8%), Amazonas, Santa Catarina e Distrito Federal (–3,4%) e Rio Grande do Sul (–3,2%).São Paulo teve recuo de 1,1%, enquanto Paraná caiu 0,9%.
“O leve crescimento das vendas em setembro não altera a leitura de que o varejo segue em processo de acomodação. O consumo se mantém contido, refletindo o cenário observado no primeiro semestre, com queda acumulada de 0,5%”, afirma Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone.
Fatores macroeconômicos
O alto endividamento das famílias e a inflação ainda resistente têm limitado uma recuperação mais sólida do consumo.Apesar disso, o mercado de trabalho continua sendo um ponto de sustentação, ainda que com sinais de moderação na geração de vagas formais.
Setores em destaque no mês
Em setembro, cinco dos oito segmentos pesquisados apresentaram crescimento:
Livros, Jornais, Revistas e Papelaria: +6,9%
Material de Construção: +4,2%
Móveis e Eletrodomésticos: +2,6%
Combustíveis e Lubrificantes: +0,8%
Artigos Farmacêuticos: +0,7%
As quedas ocorreram em:
Hipermercados e Supermercados: –2,9%
Tecidos, Vestuário e Calçados: –1,1%
Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico: –0,3%







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