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Terceirização e pejotização: boas práticas para reduzir riscos e garantir segurança jurídica

Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva

Contratações de terceirizados e prestadores PJ são legítimas, mas falhas na gestão podem gerar vínculo empregatício e custos milionários.


A terceirização de serviços e a contratação de profissionais como pessoa jurídica (PJ) — prática conhecida como pejotização — consolidaram-se como estratégias de eficiência e competitividade para empresas. Amparadas pela Constituição e por decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), essas modalidades permitem especialização e flexibilidade operacional, trazendo ganhos quando estruturadas de forma transparente e técnica.

Coerência entre contrato e realidade

Um dos principais pilares de segurança jurídica é a correspondência entre o contrato e a realidade operacional. Contratos mal elaborados, falta de fiscalização e disfarce de vínculo de emprego podem gerar passivos trabalhistas significativos.

A temática foi discutida na reunião do Conselho de Serviços da FecomercioSP em 18 de agosto, com apresentação do assessor jurídico Eduardo Pastore.

O que diz a Justiça

  • Terceirização: lícita em qualquer atividade — meio ou fim — desde que não haja subordinação direta ou pessoalidade. A contratante responde de forma subsidiária caso falhe na fiscalização.

  • Pejotização: válida apenas quando existe autonomia real. Elementos como pessoalidade, habitualidade, onerosidade e subordinação podem levar a Justiça a reconhecer relação de emprego retroativamente.

Sinais de fraude

Indícios que podem descaracterizar o contrato civil incluem:

  • Uso de crachá, e-mail e benefícios típicos de empregado;

  • Controle de jornada e relatórios diários;

  • Ordens diretas de gestores da contratante;

  • Exclusividade absoluta sem liberdade para atender outros clientes.

Consequências para a empresa

O reconhecimento do vínculo empregatício pode gerar condenações significativas, incluindo:

  • Pagamento de salários atrasados, férias e 13º salário;

  • FGTS com multa de 40%;

  • Horas extras e adicionais;

  • Encargos previdenciários e multas.

Boas práticas recomendadas

Para reduzir riscos, a FecomercioSP indica:

  • Antes da contratação: due diligence para verificar capacidade técnica, regularidade fiscal e histórico judicial da prestadora;

  • No contrato: definição clara do objeto, autonomia operacional, garantias financeiras e compliance;

  • Na execução: fiscalização periódica e documentada, sem controle direto de jornada;

  • Na gestão: comunicação sempre via gestor da contratada;

  • Na prevenção: manter registros por pelo menos cinco anos e realizar auditorias internas.

Setores sensíveis

Áreas como saúde, educação, comunicação e marketing, e beleza e estética são mais propensas a disputas judiciais envolvendo pejotização, principalmente quando há escalas fixas, metas impostas, benefícios de empregados ou proibição de atender outros clientes.

Orientações para empresários

A FecomercioSP oferece o e-book Terceirização, com orientações detalhadas sobre exigências legais, relação com trabalhadores, vantagens para os negócios e medidas para reduzir riscos, garantindo segurança jurídica nas contratações.


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