Publicação aponta dados da indústria da construção
- promocaoasbrafe
- 16 de set.
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Índice de atividade sobe em julho e atinge maior valor do ano
De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada no Portal da Indústria, o nível de atividade do setor subiu em julho de 2025, registrando o melhor resultado do ano. O indicador de evolução do número de empregados também avançou, superando a marca de 50 pontos, enquanto a utilização da capacidade de operação atingiu 68%, o maior patamar em nove meses.
Em julho, o índice de evolução do nível de atividade chegou a 49,5 pontos, alta de 0,7 ponto frente a junho. Apesar de ficar abaixo de julho de 2024 (50,1 pontos), superou o desempenho de julho de 2023 (48,7 pontos). Já o índice de evolução do número de empregados alcançou 50,1 pontos, resultado superior aos 49,8 pontos de 2024 e 49,7 pontos de 2023.
Expectativas mais cautelosas
A publicação mostra que o setor mantém perspectivas positivas, mas em ritmo menor. Em agosto, os índices de expectativa para atividade e número de empregados continuaram acima de 50 pontos, sinalizando crescimento, porém em níveis mais baixos do ano. O índice de expectativa de atividade recuou para 51,4 pontos, enquanto o de expectativa para o número de empregados caiu para 50,8 pontos.
Para novos empreendimentos e serviços, a sondagem indica estabilidade, com 50,1 pontos em agosto. Já nas compras de insumos e matérias-primas, houve retração: o índice caiu para 49,8 pontos, refletindo expectativa de queda nas aquisições nos próximos meses.
Segundo José Antônio Valente, diretor da Franquia Trans Obra, os números revelam um setor mais cauteloso.
“Embora ainda positivos, os índices de expectativa mostram retração. Isso sugere que as empresas estão adotando uma postura mais conservadora diante do cenário econômico. Franquias que conseguirem se adaptar — com contratos flexíveis, pacotes específicos ou soluções que reduzam custos iniciais — terão vantagem para aproveitar esse crescimento moderado”, afirma.
Confiança e investimentos em queda
Apesar dos avanços em atividade e emprego, a confiança dos empresários recuou. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da construção caiu para 45,8 pontos em agosto, queda de 1,3 ponto em relação a julho. O índice de condições atuais subiu levemente para 43 pontos, indicando percepção menos negativa, mas o de expectativas recuou para 47,2 pontos, sinalizando uma visão mais desfavorável para os próximos seis meses.
Outro ponto de atenção é a intenção de investimento, que caiu pelo terceiro mês consecutivo, chegando a 40 pontos em agosto, o menor nível em 28 meses. Apesar disso, o indicador segue acima da média histórica da série (38,1 pontos).
José Antônio avalia que esse cenário pode abrir espaço para novas estratégias no setor:
“O empresariado está postergando projetos mais robustos. Para franquias de locação de equipamentos, isso pode representar uma oportunidade: oferecer acesso a máquinas modernas sem grandes aportes pode ser exatamente a resposta que o mercado procura em períodos de cautela.”
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