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Panorama do Comércio: crescimento se mantém no 1º semestre, mas alta dos juros impõe cautela

Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva


A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgou a edição de agosto de 2025 do Panorama do Comércio, que mostra um cenário de crescimento no setor, porém em ritmo mais lento em comparação a 2024.


Segundo dados do IBGE, no primeiro semestre de 2025 o varejo ampliado avançou 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior, enquanto o varejo restrito cresceu 1,8%. Apesar do resultado positivo, a desaceleração já é perceptível.


Na comparação entre junho e julho, ambos os indicadores apresentaram retração, refletindo os efeitos da inflação persistente e da elevação dos juros, que encarecem o crédito e reduzem o consumo de bens de maior valor.


Mercado de trabalho segue como pilar de sustentação


Entre janeiro e junho, o Brasil abriu 1,22 milhão de vagas formais, de acordo com o CAGED. O comércio foi responsável por 90.876 novos postos, número abaixo do observado em 2024, mas ainda expressivo.

O IBGE também apontou queda da taxa de desemprego para 5,8%, o menor nível da série histórica, acompanhada de redução na informalidade. Especialistas associam esse movimento a mudanças regulatórias recentes, como a reforma trabalhista, que favoreceram a formalização.


Inflação em queda melhora expectativas para os juros


Julho trouxe sinais positivos: no Brasil e nos EUA, a inflação ficou abaixo do previsto, aliviando a pressão sobre o dólar, que recuou para abaixo de R$ 5,40.

Se a tendência se confirmar, deve haver espaço para cortes na taxa básica de juros nos próximos meses. Para o varejo, esse é um fator crucial: crédito mais barato pode reaquecer segmentos de bens duráveis e financiados, hoje mais afetados pelo aperto monetário.

Ainda assim, o mercado de crédito permanece desafiador. Embora o volume de empréstimos e financiamentos tenha crescido, os custos continuam elevados, exigindo prudência de consumidores e lojistas.


Desafios e perspectivas


  • Para consumidores: avaliar prazos e custos antes de assumir dívidas é essencial.

  • Para lojistas: análise criteriosa de crédito e soluções que facilitem negociações são fundamentais para preservar a saúde financeira.


Olhando para o segundo semestre


O cenário combina otimismo e cautela: emprego em alta, inflação em desaceleração e expectativa de corte nos juros indicam um ambiente mais favorável ao consumo. Porém, crédito caro e endividamento das famílias ainda representam riscos relevantes.

Assim, o comércio entra na segunda metade do ano em busca de equilíbrio: há espaço para crescer, mas com gestão eficiente e estratégias voltadas à sustentabilidade das vendas.


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