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Inteligência Artificial no varejo: diagnóstico e expectativas para o setor

Pesquisa da FecomercioSP revela estágio inicial da tecnologia e desafios para sua expansão

Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva

A Inteligência Artificial (IA) já não é apenas um conceito futurista: tornou-se peça estratégica no mundo dos negócios. No varejo brasileiro, porém, sua adoção ainda engatinha, expondo tanto oportunidades quanto barreiras, principalmente entre empresas de diferentes portes.

Esse é o retrato da mais recente pesquisa da FecomercioSP, que entrevistou 300 empresas varejistas – 250 de pequeno porte e 50 de maior porte.

Conhecimento e uso ainda limitados

O estudo revela que 39% dos empresários possuem apenas noções básicas de IA, 17,7% têm nível intermediário e só 6,3% dominam a tecnologia de forma avançada – índice que sobe para 8% nas grandes companhias.

Na prática, apenas 5% utilizam IA em múltiplos processos, enquanto 21,3% aplicam em áreas específicas. Entre as maiores empresas, a adoção chega a 32%, contra 19,2% nas menores.

Apesar do avanço, a resistência ainda é expressiva: 58,7% das empresas não usam IA nem têm planos de adotá-la, percentual que sobe para 62,4% entre as pequenas. As soluções mais comuns são geração de conteúdo (39,2%) e chatbots (33%), enquanto tecnologias mais avançadas – como reconhecimento de voz, imagem e monitoramento de riscos – aparecem em menos de 8% dos casos.

Barreiras técnicas e culturais

A pesquisa também mostra que 42,7% das empresas não buscam informações sobre IA. Entre as que procuram, destacam-se redes sociais e influenciadores (21,7%) e cursos online (13,3%). Já as grandes demonstram mais maturidade, recorrendo a fornecedores de tecnologia (18%) e consultorias (12%).

Mesmo assim, predomina o otimismo: 43,7% acreditam que a IA trará mais oportunidades, enquanto 34% esperam impactos mistos, combinando riscos e benefícios. As principais aplicações esperadas estão em marketing e vendas (47,3%) e atendimento ao cliente (25,3%). Nas maiores, a visão é mais ampla, abrangendo logística (16%) e desenvolvimento de produtos (10%).

Impactos no trabalho e na regulação

O impacto no emprego também é uma preocupação: 40% acreditam que a IA transformará funções e exigirá novas habilidades, enquanto 34% projetam redução de vagas – tendência mais forte entre as pequenas empresas.

Quanto à regulação, a maioria (45,7%) defende regras equilibradas, que unam proteção e incentivo à inovação. Entre as grandes, 44% preferem normas mais rígidas, dada a maior exposição a riscos. Apenas 10% defendem maior flexibilização.

Um divisor de águas para o varejo

O estudo conclui que a expansão da IA no varejo é inevitável e acelerada. Assim como telefone, computador e internet se tornaram indispensáveis, a tecnologia tende a se firmar como requisito básico de competitividade.

Empresas que investirem desde já em estratégias estruturadas ganharão destaque em eficiência, personalização e análise preditiva. Já aquelas que demorarem a agir correm o risco de perder espaço e relevância.

A mensagem é direta: disseminar conhecimento, ampliar o acesso a soluções e criar uma regulação equilibrada são passos essenciais para transformar interesse em prática. O varejo brasileiro está diante de um divisor de águas, e a hora de se posicionar na nova economia digital é agora.


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