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Indústria alimentícia lidera geração de empregos no Brasil, aponta IBGE

Especialista da UniCesumar analisa crescimento do setor e aponta tendências para o futuro

Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva

A indústria de alimentos ocupa o topo do ranking de geração de empregos no Brasil, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) divulgada em junho pelo IBGE. Entre 2019 e 2023, o setor industrial como um todo criou 910,9 mil novos postos de trabalho, somando 8,5 milhões de pessoas empregadas em 376,7 mil empresas. Dentro desse cenário, a fabricação de produtos alimentícios se destaca como o ramo que mais contrata e que apresentou o maior crescimento em número de empregados.


No período analisado, a indústria alimentícia registrou um aumento de 373,8 mil postos de trabalho, atingindo 2 milhões de trabalhadores, o que representa 23,6% da força de trabalho industrial no país — praticamente um em cada quatro empregos industriais. Além disso, o setor é responsável por 16,8% da participação da indústria no PIB nacional, conforme o IBGE.

Fatores por trás do crescimento


Para Renato Castro, coordenador da graduação em Alimentos da EAD UniCesumar, o crescimento do setor tem ligação direta com o período pós-pandemia, quando o Brasil voltou a integrar o Mapa da Fome da ONU. Diante dessa realidade, a indústria investiu em tecnologias de processamento para aumentar a durabilidade dos alimentos e torná-los mais acessíveis à população.

Outro fator relevante é a busca por práticas sustentáveis. De acordo com o especialista, a indústria tem apostado em produtos mais naturais, como alimentos veganos, orgânicos e com menos aditivos e conservantes, atendendo a uma demanda crescente por qualidade e responsabilidade ambiental.

Tendências para os próximos anos


Castro destaca a Inteligência Artificial (IA) como uma das principais apostas para o futuro da indústria alimentícia. Segundo ele, a IA deve contribuir tanto para o desenvolvimento de novos produtos quanto para análises preditivas de mercado, otimizando decisões com base em dados e testes simulados.

Além disso, o movimento por alimentos mais saudáveis deve ganhar força, com a expansão de itens como matérias-primas orgânicas, grãos germinados, produtos diet, sem açúcar, sem lactose e sem glúten — alinhados às pautas de saúde e longevidade.

Mercado de trabalho e qualificação profissional


As oportunidades profissionais na indústria alimentícia são variadas e vão de funções operacionais a cargos de gestão. Entre os principais, o professor destaca:


  • Auxiliar de Produção,

  • Controle de Qualidade,

  • Conferente,

  • Profissionais de Logística,

  • Gestor de Produção,

  • Supervisor de Qualidade,

  • Chefe de Logística, entre outros.


Em relação às habilidades exigidas, as chamadas soft skills — como proatividade, pensamento crítico, trabalho em equipe, resolução de problemas e liderança — têm grande peso. Já entre os conhecimentos técnicos, ganham destaque:


  • Química e Bioquímica de Alimentos,

  • Biotecnologia,

  • Gestão da Produção,

  • Higiene e Controle de Qualidade,

  • Tecnologia de Embalagens,

  • Desenvolvimento de Produtos e

  • Rotulagem Nutricional.


“A graduação em Alimentos oferece uma formação robusta, que coloca o profissional em vantagem competitiva tanto para ingressar quanto para crescer dentro do setor”, afirma Castro.


Faixa salarial


Quanto à remuneração, um Tecnólogo em Alimentos recém-formado pode iniciar com salários entre R$2 mil e R$4 mil, variando conforme a empresa, localização e experiência prévia. O piso salarial da área, de acordo com o Conselho Federal de Química (CFQ), pode variar entre 6 e 7 salários mínimos, conforme a carga horária e atribuições do cargo — já que esses profissionais costumam ter registro profissional vinculado ao CFQ.

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