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FMI melhora projeção para economia do Brasil em 2025, mas prevê desaceleração mais forte no ano seguinte

Fundo também inclui o país entre os que devem registrar aumento significativo da dívida em relação ao PIB, ao lado de China, França e Estados Unidos.


Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2,4% em 2025, mas passou a prever uma desaceleração mais intensa em 2026, para 1,9%, segundo o relatório Perspectiva Econômica Global divulgado nesta terça-feira (14).


O Fundo destacou que “sinais de moderação estão aparecendo em meio às políticas monetária e fiscal apertadas”. A nova projeção supera ligeiramente a estimativa do governo brasileiro para 2025 (2,3%), mas é inferior à previsão de 2,4% feita pelo Ministério da Fazenda para 2026.


No segundo trimestre de 2025, o PIB brasileiro cresceu 0,4% em relação aos três meses anteriores, conforme o IBGE, que divulgará o resultado do terceiro trimestre em 4 de dezembro.


Cenário externo e tarifas dos EUA


A revisão do FMI também reflete os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em agosto, o presidente Donald Trump elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, alegando retaliação política ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Parte dos produtos já foi isenta, e há expectativa de uma reunião entre Lula e Trump para negociar o tema.


Política monetária e inflação


Com a taxa Selic mantida em 15%, o Banco Central adota uma postura de política monetária restritiva para conter a inflação, que deve fechar 2025 em 5,2% e 2026 em 4,0%, segundo o FMI. O centro da meta oficial é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


Dívida e restrição fiscal


O FMI alertou que o Brasil está entre os países que devem registrar aumento “significativo” da dívida pública em relação ao PIB em 2025, ao lado de China, França e Estados Unidos, refletindo o baixo espaço fiscal e saldos primários negativos.


Economias emergentes e América Latina


Para os mercados emergentes e em desenvolvimento, o Fundo projeta crescimento de 4,2% em 2025 e 4,0% em 2026, destacando o bom desempenho agrícola do Brasil e o avanço do setor de serviços na Índia.


Na América Latina e Caribe, as projeções são de 2,4% em 2025 e 2,3% em 2026. O México foi o principal responsável pela revisão positiva, com estimativa de expansão de 1,0%, 0,8 ponto percentual acima da previsão anterior.


Reforma tributária em pauta


Consultores do FMI destacaram ainda que a reforma tributária brasileira pode ter impacto relevante no médio prazo, contribuindo para maior eficiência econômica e atração de investimentos, desde que acompanhada de controle fiscal e previsibilidade regulatória.


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