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Atividade econômica cresce em agosto após queda em julho

Disputa comercial entre EUA e China pode afetar exportações’, diz especialista


Fonte: Banco de Imagens Canva
Fonte: Banco de Imagens Canva

A atividade econômica brasileira voltou a crescer em agosto, após recuar em julho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,4% em relação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais.


Na comparação com agosto de 2024, houve avanço de 0,1%, enquanto o acumulado do ano mostra crescimento de 2,6%. Nos últimos 12 meses, o indicador subiu 3,2%.

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma expansão de 0,7%, mas representa retomada após a queda de 0,52% em julho.

“O movimento sugere normalização após a correção no início do terceiro trimestre, com retorno a um ritmo de expansão moderado”, avaliou Ariane Benedito, economista do PicPay.

Segundo ela, o dado de agosto reforça que a economia mantém um crescimento contido, mas não indica risco de desaceleração acentuada.

“A trajetória do segundo semestre dependerá da política monetária, da confiança dos agentes e do mercado de trabalho, em um ambiente fiscal e externo desafiador. Mantemos a projeção de alta de 2,2% para o PIB brasileiro em 2025”, afirmou.

Setores e contexto econômico


O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria, que sustentaram o crescimento no segundo trimestre, quando o PIB avançou 0,4%. Em 2024, o PIB brasileiro fechou com alta de 3,4%, o quarto ano consecutivo de expansão — a maior desde 2021, quando cresceu 4,8%.


Para Gabriel Padula, CEO do Grupo Everblue, os números de agosto indicam crescimento concentrado e perda de fôlego em alguns segmentos.

“O IBC-Br confirma a desaceleração da atividade, com indústria e serviços sustentando o avanço. A manutenção dos juros altos exige mais eficiência das empresas e amplia o papel do crédito corporativo como pilar de estabilidade”, afirmou.

Padula também alertou para os efeitos da tensão comercial entre Estados Unidos e China, que, segundo ele, “tende a elevar custos e incerteza global, tornando o crédito empresarial doméstico essencial para preservar a liquidez e o investimento produtivo.”


Riscos e crédito corporativo


Na mesma linha, Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, avaliou que o desempenho de agosto mostra uma recuperação frágil.

“O IBC-Br teve leve avanço de 0,4%, mas o ritmo segue enfraquecido. A indústria reage de forma desigual, pressionada pelo custo do capital e pela menor confiança empresarial”, afirmou.

Ele destacou ainda que, diante do cenário internacional, a demanda por crédito estruturado deve crescer.

“A disputa comercial entre EUA e China adiciona risco externo e pode afetar exportações e margens, exigindo planejamento financeiro mais rigoroso das companhias brasileiras”, completou.

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