Indústria química prevê impacto “lento” do tarifaço nos empregos do setor
- promocaoasbrafe
- há 24 horas
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Associação considera positivo o plano "Brasil Soberano", anunciado pelo governo para mitigar efeitos da tarifa de 50%

A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) avalia que a tarifa de 50% aplicada ao setor deve gerar impactos sobre o emprego de forma mais lenta, devido ao perfil altamente qualificado da mão de obra. Ainda assim, a entidade alerta que o cenário requer monitoramento constante, já que se trata de uma medida de proporções inéditas.
Avaliação sobre o plano "Brasil Soberano"
Na nota divulgada, a Abiquim destacou como positivo o plano anunciado pelo governo federal, mas defendeu a necessidade de avançar nas negociações com os Estados Unidos para ampliar a lista de exceções:
“A Abiquim seguirá colaborando para que os recursos e instrumentos previstos no Plano Brasil Soberano alcancem rapidamente as empresas mais impactadas. Também defenderemos a ampliação das negociações internacionais, de forma a excluir mais produtos químicos da tarifa e preservar a parceria estratégica entre Brasil e Estados Unidos”, afirma a entidade.
Caso as tarifas sejam mantidas, a Abiquim considera que será necessário buscar novos mercados para reduzir prejuízos e evitar perdas maiores.
Outras medidas defendidas pela entidade
Além das negociações internacionais, a Abiquim propõe ações adicionais para mitigar os efeitos da tarifa:
Aprovação de direitos provisórios em processos antidumping em análise na Camex.
Renovação e ampliação da lista de produtos químicos enquadrados nos Desequilíbrios Comerciais Conjunturais do Mercosul.
Visão estratégica
Para o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, o momento exige equilíbrio técnico e cautela nas decisões:
“É fundamental que as negociações bilaterais avancem com base em critérios técnicos e econômicos, sem motivações geopolíticas, garantindo a integração produtiva e a resiliência das cadeias de suprimento”, destacou.
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