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Empresas que aderiram ao Pix registraram menor perda de faturamento

Nova edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, revela que 8 em cada 10 empresas usam esse sistema de pagamento

Bancio de imagens Freepik

Com menos de um ano de existência, o Pix foi um dos recursos usados pelas micro e pequenas empresas para enfrentarem a pandemia do coronavírus. De acordo com a 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, 77% dos pequenos negócios já utilizam esse meio de pagamento e as empresas que o adotaram tiveram uma queda de faturamento menor (33% de perda) do que os negócios que ainda não aderiram ao novo sistema (que registraram queda de 44%).


“A pandemia forçou os pequenos negócios a se digitalizarem e se tornarem mais abertos às inovações. O Pix foi muito bem adotado pelos microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas, principalmente pelos negócios mais simples e em localidades de difícil acesso”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Segundo a pesquisa, a região Norte é a que tem a maior quantidade de adeptos desse tipo de pagamento (83%), seguida pela Centro-Oeste (82%), Nordeste (81%), Sul (78%) e Sudeste (74%).


As empresas do setor de Comércio são as que mais utilizam o sistema de pagamento (86% aderiram), seguidas pelos negócios da Indústria (73%), Serviços (72%), Agropecuária (69%) e Construção Civil (65%). Já quando se analisa as atividades, a que mais utiliza o Pix é a de pet shops e serviços veterinários, uma das menos atingidas pela pandemia. Segundo o levantamento, 93% dos negócios desse segmento adotaram essa modalidade. Entre os empreendedores dos serviços de saúde e os de alimentação, 88% utilizam o Pix, seguidos pelos de beleza (87%) e academias (86%), sendo que esses três últimos estão entre os mais afetados pela crise. “O Pix foi utilizado tanto por quem resistiu melhor à pandemia quanto pelos mais prejudicados, e teve uma contribuição importante na redução dos impactos das perdas de faturamento”, explica o presidente do Sebrae.


Entre as motivações para essa alta adesão estão a facilitação de cobranças e pagamentos por meio da velocidade de transações, as isenções de taxas para consumidores, a disponibilidade 24 horas, além da conveniência para pagamento, seja por QR Code ou Chave Pix. “Esses benefícios também ajudam no fechamento do caixa e contribuem para que o empreendedor tenha melhores condições de tomar decisões mais assertivas para o negócio”, complementa Melles.


O Banco Central calcula que mais de 106 milhões de pessoas, incluindo os empreendedores individuais (MEI) e empresas, estejam utilizando a tecnologia do Pix, totalizando 313,3 milhões de chaves Pix cadastradas nas mais de 750 instituições habilitadas para ofertar o serviço, entre elas bancos tradicionais, fintechs, instituições de pagamento e cooperativas de crédito. Até 31 de agosto, já haviam sido realizadas 973,8 milhões de transações que movimentaram R$ 532,8 milhões.

 

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