Confiança da Indústria Brasileira Cai em Julho com Incertezas Tarifárias dos EUA, Aponta FGV
- promocaoasbrafe
- 30 de jul.
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A confiança da indústria no Brasil recuou pelo segundo mês consecutivo em julho, refletindo a crescente incerteza em torno das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O dado foi divulgado nesta terça-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo a FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou queda de 2,0 pontos na comparação com junho, atingindo 94,8 pontos — o menor nível de 2025 até o momento.
O principal fator para essa retração foi a piora nas expectativas dos empresários. O Índice de Expectativas (IE), que mede a percepção sobre os próximos meses, recuou 4,0 pontos, caindo para 92,5 — o menor patamar desde 2021.
"A sondagem evidencia o cenário macroeconômico desafiador enfrentado pelo setor industrial. A combinação entre política monetária contracionista e aumento da incerteza, especialmente diante das novas tarifas sobre produtos brasileiros, pressiona negativamente a confiança", explicou Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.
O recuo ocorre em meio à possível implementação, já nesta sexta-feira, de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O governo brasileiro ainda busca negociar com Washington para evitar a sanção da medida.
Apesar do pessimismo com o futuro, o sentimento em relação ao momento atual melhorou ligeiramente. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,3 ponto, chegando a 97,3. A alta foi impulsionada pela melhora na avaliação da situação atual dos negócios, que avançou 1,5 ponto, para 97,4.
Os dados do IE mostram deterioração generalizada. A expectativa de emprego caiu 4,8 pontos, indo a 97,1 — o pior resultado desde janeiro de 2024. Já o indicador de tendência dos negócios recuou 3,6 pontos, para 88,1.
Enquanto isso, o Banco Central realiza nesta terça-feira mais uma reunião de política monetária. O mercado espera que a instituição mantenha a taxa básica de juros em 15,00% na decisão prevista para quarta-feira, conforme sinalizado anteriormente pelos membros do Comitê de Política Monetária (Copom).







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