As paralisações organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio do tráfego em diversas rodovias do País, vem ocorrendo desde o último dia 7 de setembro e seguem até o dia de hoje (9). O movimento vem sendo organizado por alguns líderes dos caminhoneiros, (contestados por outros – não havendo clara unidade) e com enfoque pouco relacionado às bandeiras e reivindicações da categoria em geral.
De acordo com boletim da Política Rodoviária Federal foram registrados pontos de paralisação em rodovias de 15 estados brasileiros: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, Pernambuco e Pará). O mesmo boletim aponta que alguns corredores logísticos essenciais ao abastecimento foram liberados, sendo eles: BR-040/Minas Gerais, BR-116/Rio de Janeiro (Dutra/Barra Mansa), BR-040/Rio de Janeiro (Reduc), BR-101/Espírito Santo, BR-376/Paraná e BR-153/Goiás.
Ainda que no momento a manifestação não seja ampla, o bloqueio das rodovias poderá causar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas empresas, com consequências negativas para o abastecimento do comércio de produtos de todas as naturezas inclusive os de primeira necessidade da população como alimentos, medicamentos, combustíveis, entre outros, atingindo diretamente o consumidor final.
Assim, espera-se que os governos Federal e Estaduais adotem medidas para assegurar às empresas de transporte rodoviário de cargas e de logística a livre circulação nas rodovias em todo o país, assegurando a continuidade do normal abastecimento.
O transporte de cargas e mercadorias é atividade essencial para atendimento da população, ainda mais diante de um cenário de crise econômica e sanitária ocasionada pela pandemia da Covid-19. A FecomercioSP defendeu ao longo do ano passado junto ao governo, diante das medidas restritivas de circulação e de funcionamento da atividade econômica, que o transporte de cargas e mercadorias fosse mantida como atividade essencial, garantindo o abastecimento do país.
Ainda não há dados sobre os impactos dos bloqueios nas estradas sobre a atividade econômica, mas entende que os resultados serão altos e negativos para as empresas, ainda mais diante de um momento crucial de retomada gradual da atividade econômica. Qualquer medida que venha a impactar o abastecimento de mercadorias pelo país poderia ser prejudicial para as empresas e consumidores.
Situação em cada estado:
Pará: dois pontos de bloqueio, na BR 316, km 21 em Benevides, e na BR 010, em Paragominas;
Rio de Janeiro: três pontos de bloqueio, em Campos dos Goytacazes/RJ, no Km 75 da BR 101, sentido RJ; em Itaboraí/RJ, no Km 1 da BR 493, em ambos os sentidos, na BR 101; no Km 113 da BR 040;
Minas Gerais: um ponto de bloqueio, na Rodovia Fernão Dias, em Igarapé, no km 513 da BR 381;
Paraná: 17 pontos de bloqueio, na BR 116, Kms 67 (Quatro Barras), 152 (Mandirituba); na BR 277, Kms 7 (Paranaguá), Kms118 (Campo Largo), Kms338 (Guarapuava), Kms637 (Céu Azul), Kms669 (Medianeira), Kms 711 (Santa Terezinha de Itaipu); na BR 369, km 37 (Andirá), km 79 (Sta. Mariana), km 157 (Londrina); na BR 373, Km 254 (Guamiranga); na BR 376, Kms 109 (Paranavaí), km 158 (Mandaguaçu), km 188 (Marialva), km 504 (Ponta Grossa); na BR 476, km 285 (S. Mateus do Sul);
Goiás: três pontos de bloqueio, na BR 153, em Itumbiara, na região sul do estado; na BR 153, em Porangatu, norte do estado e na BR 153, em Uruaçu, norte do estado;
Rio Grande do Sul: um ponto de bloqueio, na BR 153, km 415, em Cachoeira do Sul;
Roraima: um ponto de bloqueio, em trecho do km 482 da BR 174 no estado de Roraima;
Bahia: dois pontos de bloqueio, na BR 116 norte — região de Feira de Santana —, a cerca de 100km da capital e no Oeste do estado, na BR 242, na entrada da cidade de Luís Eduardo Magalhães (ponto forte do agronegócio);
Maranhão: um ponto de bloqueio, em trecho do do km 402 da BR 230 no sul do estado.
As informações poderão ser atualizadas considerando os respectivos desdobramentos.
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